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Chapter 4 by Wolfhunter2 Wolfhunter2

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Orgulho Quebrado

(Os capítulos que se seguem a este serão mais como spin-offs — eles não seguirão nossos protagonistas principais, mas se passam ao mesmo tempo.

Eu os escrevi enquanto um amigo meu dirigia durante uma viagem recente. Como eu estava apenas com o celular, não quis trabalhar na linha principal da história.

De qualquer forma, tenho alguns desses capítulos paralelos, e vou revisá-los e postá-los antes de retornar aos personagens principais.)

A floresta abafada sussurrava com o zumbido dos insetos e o ranger lento das folhas. Os casais da casta principal, recém-saídos de Velkaris, haviam se instalado em uma clareira próxima a uma nascente — confiantes demais, despreocupados demais.

Thenara estava montando Torven, movendo-se de forma feroz e rítmica, com um olhar irritado, enquanto brincava com um punhal entre os dedos.

— “Aquela cadela da casta secundária não tem honra,” — rosnou, entre os dentes. — “Me atacou enquanto eu não prestava atenção nela. E ainda teve a audácia de comemorar. Aposto que trapaceou.”

Torven, deitado, sorria de canto, enquanto aproveitava o ritmo de Thenara.

— “Secundários sempre trapaceiam. É o que fazem, eles sabem que não tem como vencer.”

Thenara intensificou seus movimentos, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e desejo.

— “Ela devia ser marcada de novo... direto na testa,” — cuspiu Thenara

Torven gemeu, seus dedos cravando-se na pele de Thenara enquanto ele atingia o clímax, ofegante e suado.

Myren, esticada à beira da nascente observando sua namorada cavalgar furiosamente Torven além do climax, bufou com desprezo.

— “A vergonha dela já virou cicatriz. Marca é só enfeite agora.”

Zareya rolava os ombros, entediada.

— “Falem menos. A selva ainda nem agiu e vocês já estão ruminando fracassos.”

Torven riu, afiado como sempre.

— “Fracasso é pensar que a floresta vai impor respeito. Nós o impomos.”

Os risos voltaram. Comentavam despreocupadamente quem voltaria com mais presas, quem teria seu próprio grupo para liderar. Haviam crescido achando que a Casta principal estava acima de todos, até mesmo da própria selva.

Eles estavam errados.

O silêncio veio primeiro. Um silêncio denso, espesso, antinatural.

Jarn parou de rir.

— “Tem algo errado.”

As sombras emergiram das árvores como serpentes. Homens e mulheres sem bandeiras, sem honra, mas com olhos que já tinham visto a morte de perto. Estavam vestindo peles rústicas, dentes e cicatrizes — e seus olhares carregados de luxuria.

No centro, ela veio.

Alta. O olhar queimava com raiva disciplinada. Seu corpo era coberto por marcas de guerra, e um manto feito da pele de um Golias — o símbolo da Primeira Casta ainda visível, manchado de barro e sangue.

Ela não dizia nada. Apenas observava. Como quem já viu aquele tipo de cena antes — jovens confiantes demais, com símbolos brilhando no ombro direito e na panturrilha esquerda. Arrogância estampada na pele.

Ela inclinou levemente a cabeça, avaliando. Então falou, com voz seca, calma demais:

— “Vocês fedem a orgulho. Achei que era floresta... mas não. São vocês. Achando que a selva se curva pra marca que carregam.”

Zareya se levantou devagar, olhos fixos na mulher.

— “Sabe com quem está falando?”

— “Não. E não importa.” — Ela apontou com o queixo para o símbolo queimado em seu manto. — “Isso já foi importante pra mim. Agora... só serve pra lembrar.”

Alguns dos invasores se moveram. Três deles traziam marcas da casta secundária — cicatrizes antigas cruzando os símbolos, como quem já havia rejeitado ou sido rejeitado. Outros eram homens selvagens, famintos, com olhos lascivos e mãos inquietas.

Ela parou diante do grupo, encarando Myren, Zareya e Thenara.

— “Vocês se acham intocáveis.Tenho certeza que aqueles velhos peidos vós avisaram, mas vocês são arrogantes demais para ouvirem. Aqui, vocês são só carne recém-chegada.

Fez um gesto discreto com a mão.

Os eles foram rapidamente subjugados — Torven, ainda ofegante e suado, foi arrastado pelos braços, Jarn forçado de joelhos com um joelho cravado nas costas.

A líder deu seu ultimato:

— “A selva não respeita símbolos. Aqui, vocês não são nobres. Não possuem nomes. vocês são nada.”

Foi a ultima coisa que ouviram antes do mundo ficar escuro.

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