Chapter 6
by Wolfhunter2
What's next?
O Nome que te Dão
A manhã chegou com o som de passos pesados sobre folhas secas. Os cinco cativos despertaram com o corpo latejando pelas cordas e pela noite no chão duro. A sede queimava suas gargantas como brasas; a fome roía suas entranhas com dentes afiados.
A líder surgiu das sombras, seguida pelos três instrutores. Sua calma contrastava com o desespero silencioso dos prisioneiros.
— Esperava que uma noite de reflexão os tornasse mais… receptivos — disse, percorrendo cada rosto. — Mas vejo que o orgulho ainda os mantém aquecidos.
Kael avançou, segurando duas espadas curtas de madeira.
— Que tal uma demonstração? — Lançou uma lâmina aos pés de Zareya. — Você sempre mandou pela força, não é? Mostre do que é capaz.
Zareya ergueu o queixo, mesmo de mãos atadas.
— Solte-me e verá.
— Onde estaria a diversão? — Kael sorriu, cortando as cordas num golpe seco. — Luta justa. Você contra mim. Se vencer, todos bebem água; se perder…
O sorriso completou a frase.
Zareya massageou os pulsos, empunhou a espada e tomou posição. Cada gesto revelava anos de treino em Tessália.
Kael segurava a lâmina como velha companheira. Nada de elegância, só brutalidade eficiente.
O primeiro golpe de Zareya foi perfeito — rápido e certeiro no ombro direito. Kael desviou fácil e contra-atacou, obrigando-a a recuar.
— Bonito — murmurou. — Mas luta como se houvesse regras e aplausos.
No segundo ataque, ela veio mais feroz. Kael bloqueou, girou-a pelo pulso e a prensou contra o peito.
— Aqui não há regras — sussurrou, empurrando-a para longe.
Zareya cambaleou, recuperou-se. Olhos em brasa; pela primeira vez, uma sombra de dúvida.
A luta seguiu. Kael antecipava cada golpe técnico com respostas cruas. Quando ela tentou uma sequência vistosa, ele simplesmente lançou terra em seu rosto.
— Bonito não basta; aqui eu luto pra vencer — disse ele, enquanto ela limpava a poeira.
O fim chegou quando Zareya, cega de frustração, atacou com tudo. Kael desviou, torceu o braço dela e a jogou ao chão, a ponta da espada roçando seu pescoço.
— Rende-se?
O silêncio pesou.
— Eu… me rendo.
Kael recuou, satisfeito.
— A grande… ah, ainda sem nomes, não é?
Ele sorriu para o grupo:
— Vamos facilitar. Você — Zareya — é Arrogante. Você — Myren — Brutamontes. O cabeludo — Torven — Brinquedinho. O risonho — Jarn — Bobo da Corte. E você — Thenara — Perdedora.
Voltou-se a Zareya.
— Pois é, Arrogante… até você cai.
Yanna aproximou-se de Thenara, ainda atada.
— Sua vez, querida — disse, libertando-a. — Perder não é novidade pra você, certo?
Thenara esfregou os pulsos.
— Uma queda não me define.
— Veremos — Yanna ergueu uma adaga. — Mostre quem é, Perdedora. Talvez eu troque seu apelido.
Thenara atacou com fúria selvagem. Yanna aparava com mínima energia e devolvia cortes curtos e precisos.
— Luta como uma fera ferida — comentou. — Dor não fortalece; torna previsível.
Num desvio, prendeu o braço de Thenara às costas.
— Aceite. Você nunca foi quem imaginou.
— Nunca! — Thenara resistiu até a dor vencê-la.
— Eu… aceito — sussurrou, ajoelhando-se.
— Primeiro passo — disse Yanna. — O mais difícil.
O instrutor sem nome aproximou-se de Torven com uma navalha. Silencioso, fez o ajoelhar e raspou seu cabelo e sua barba.
— Não! — Torven se contorceu, mas as cordas seguraram-no.
Mechas douradas caíram como folhas mortas; a barba, em seguida. Quando terminou, empurrou-o de costas. O rosto nu parecia jovem e frágil.
— Melhor. Agora vejo você de verdade.
Apontou para Myren e Thenara, presas lado a lado.
— Nossos caçadores precisam de diversão. Qual delas escolhe?
Torven engoliu em seco.
— Eu…
— Escolha, ou levamos as duas.
— Não posso! — lágrimas escorreram. — Não posso escolher entre elas!
— Interessante. Então serão as duas.
A líder encarou Zareya, caída ao chão.
— Água — disse. — Peça para o seu grupo.
Zareya levantou-se, suja de terra.
— Dê água ao meu grupo.
— Peça.
— Eu ordeno…
Um soco seco no estômago derrubou-a de joelhos.
— Peça.
Zareya mirou os companheiros — todos exaustos, famintos, sedentos.
— Não.
A líder suspirou.
— Já que não os deixaremos morrer, seu corpo pagará pela água. Hoje, você será o entretenimento deles.
Kael segurou-a pelos ombros.
— Lembre-se — murmurou. — Você escolheu.
What's next?
- No further chapters
- Add a new chapter
Disable your Ad Blocker! Thanks :)
Welcome to Le'van
welcome to a fantastic yet dark world
In a world where strength is law, only the powerful have rights — within the clans, strength determines each person's worth. Outside the walls? There are no rules. No mercy — only chaos. Survival is a privilege. Weakness? A sentence.(English is not my first language — I will be writing in Portuguese and translating into English using tools, and I will publish in both languages. Regardless of the language you speak, you are very welcome.) Em um mundo onde força é lei, apenas os poderosos tem direitos — dentro dos clãs, a força define o valor de cada um. Fora dos muros? Não há regras. Não há misericórdia — apenas o caos. Sobreviver é um privilégio. Ser fraco? Uma sentença.(inglês não é minha primeira língua estarei escrevendo em português e traduzindo para inglês utilizando ferramentas e publicarei em ambos os idiomas, independente do idioma que você fale seja muito bem-vindo)
Updated on Jun 6, 2025
by Wolfhunter2
Created on Jun 3, 2025
by Wolfhunter2
- All Comments
- Chapter Comments