Markab

Se você ir para a casa Aldebaran te surpreendeu, o fato de sua namorada não ir para lá não foi muita surpresa, ainda assim você ficou um pouco abalado com a ida dela para uma casa rival à sua. Ela parecia feliz em ir para a Markab e quando foi em direção aos novos colegas te deu um sorriso seguido de um aceno. Pouco tempo depois seu amigo, Arsen foi para a mesma casa que ela e você ficou contente de que ela tivesse alguém conhecido por lá. A sua irmã mais velha, Mirabel, que estava em séries mais avançadas, também fazia parte da casa do pégaso. Você deu um suspiro de decepção e Dione percebeu.

• Sua namorada aquela? - Ela perguntou. - Sinto muito. Aquela casa de sonhadores geralmente não se dá muito bem com o nosso jeito de enxergar o mundo. De qualquer forma, você tem que esquecer sobre isso e focar no seu teste.

Após um tempo, em que todos os alunos foram selecionados para as suas determinadas casas, cada monitor de casa chamou pelos novos alunos. Dione os guiou para a ilha oeste da academia, onde havia uma considerável quantidade de minérios, tanto que havia uma mina ali. O dormitório da casa Aldebaran era um tanto rústico, mas bem organizado. Era feito de madeira, o salão utilizado pelos Aldebaran era chamado de Hall da Força, onde havia mesas de madeira pelo local, uma lareira e nas paredes chifres e outros adornos próprios de caça, como cabeças de criaturas. Nas mesas havia um banquete servido, quente, com bebidas sendo servida em chifres e canecas rústicas de madeira.

• Boa noite, meus irmãos! - Dione cumprimentou e os outros a responderam calorosamente. - Hoje nós festejamos os nossos mais novos confrades! - Ela ergueu o chifre de beber e muitos compartilharam do gesto. - Aos novatos, festejem, mas estejam preparados. Iremos testar as suas resiliências! - Os veteranos ergueram os copos em aprovação.

Após um tempo naquela festa um pouco rústica, Dione bateu seu copo na mesa para chamar atenção. Ela então disse que o teste dos novatos iria começar e a sorte decidiria qual tipo de teste iria ser.

Dentro de um touro de bronze orbes mágicas flutuavam. A sua vez chegou e você deveria pegar uma das orbes aleatórias que giravam velozmente dentro do touro, como num sorteio. Você puxou uma orbe esverdeada e não sabia o que isso significava, mas pela expressão dos veteranos não era uma boa coisa. Dione olhou preocupada para você.

• A prova dos doze aros de bronze. - Disse ela. - Não podemos deixar que ele realize isso. Aquele lugar... é muito perigoso. - Os outros pareceram concordar, até que um deles se intrometeu. Era o tal Bryan de antes.

• Eu discordo. - Disse ele. - O touro de bronze decidiu o destino do garoto. Não podemos interferir nisso.

• Mas, Bryan...

• Todos irão fazer tarefas perigosas, Dione, é isso que faz de nós membros da casa Aldebaran. Se esse garoto não estiver disposto a correr riscos ele não é um de nós. E ademais ele terá uma dupla.

• Dupla? - Você perguntou.

• Sim. - Dione respondeu. - As tarefas de admissão da nossa casa são em dupla para incentivar a conjunção e trabalho em equipe dos novatos.

• E quem é? Quem é a minha dupla?

• Ela. - Dione apontou para a pessoa que faria dupla com você. Como já mencionado antes, nem todos na Aldebaran pareciam fortes e auto-confiantes e aquela garota que seria sua dupla era uma exceção assim como você. Os cabelos dela eram pretos, lisos com uma franja, os olhos escuros eram escondidos pelas lentes dos óculos que usava e ela frequentemente se recusava a olhar nos olhos das pessoas. Ela se aproximou de você.

• O... olá. - Cumprimentou ela. - Sou Juliet Evermore... sua dupla.

• Eu sou Warren Morinehtar... prazer em conhecê-la.

É eles vão morrer...

Começaram a cochichar as pessoas.

Eles não tem a mínima chance! Já era!

Todos esses cochichos não eram nem um pouco motivadores.

• Não precisam fazer isso se não se sentirem confortáveis. - Disse Dione para vocês.

• Um minotauro não desiste. - Bryan insistiu.

Você olhou para os outros. Os veteranos sabiam que a tarefa parecia difícil, mas nenhum novato tinha dado para trás, você não queria ser o primeiro.

• Certo, só me digam o que tenho que fazer. - Você respondeu com seriedade e os presentes na sala vibraram com a coragem.

• Siga-me. - Dione lhe disse sorrindo de leve.